Aqui me encontro em casa de mortos vivos, divagando sobre o downsizing necessário ao tão apregoado Desenvolvimento Sustentável.
Que saudades do Tempo em que havia tempo e ainda sobrava. O ócio provocava os sentidos – correr para o mar e passar o tempo mergulhados em livros ou em conversas amenas. A tertúlia era matiné ou soirée.
Que saudades das aldeias, do cheiro a fumeiro, das histórias das avós, dos doces e manjares caseirinhos, dos tricots e crochés da mãe, dos passeios na Baixa de Lisboa e das compras na R. Santa Catarina no Porto.
Sem telemóveis, sem portátil, sem carros, sem aparelhagens e DVD’s, sem berloques e mais tarecos, sem muito dinheiro, com pouca roupa, com sonhos e esperanças, com convicções, com amigos, com tempo para me ocupar de causas justas…
O desenvolvimento não foi sustentado mas conhecia-se quem nos rodeava e por defeito confiava-se… Hoje não há espaço para a ética nem tempo para amar. O consumo é hoje a panaceia para as doenças geradas pelo mesmo consumo – uma serpente espiralada!
É preciso reduzir, é preciso valorizar, é preciso renovar consciências e deixar de lado a propaganda vazia. O Desenvolvimento Sustentável começa na nossa forma de pensar e de agir. É como um sistema quase infinito de rodas dentadas: é preciso que elemento a elemento as rodas se ajustem, as energias próprias de vibração se assemelhem; É preciso abandonar paradigmas burocráticos e criar sistemas sinergéticos de consumo mínimo / rendimento máximo; É preciso apostar no melhor de cada Ser Humano e permitir a sua evolução sempre em sentido do bem comum. Hoje assistimos, impotentes, como “mortos-vivos” não produtivos governam (?), gerem (?), trabalham (?), existem (?), em suma, fazem vegetar o sistema.
A verdade e o mito
Há 15 anos
Adorei as tuas palavras ..tenho a certeza que vou virar fã deste teu cantinho.
ResponderEliminarMuito boa sorte,
Aparece no meu cantinho se quiseres:
www.terradosolnascente.blogspot.com