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quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Silly of the Month

Cuida-te Saramago: Já ofendeste intencionalmente a Deus Pai e a Deus Filho. Não te atrevas a ofender o Espírito Santo, Senhor que dá a Vida, pois aí já não terás salvação possível - nem o Nobel te vale!

Por enquanto ainda estou a ler o teu elefante em trânsito... mas nada que não se possa abandonar, se me chatear, ao canto da sala, na pilha de orfãos junto à lareira - não, não são para queimar (livros queimados, homens chamuscados!)

Mas, nesta altura, já não sei quem é mais tonto nesta polémica CRIADA em torno do teu novo livro "Caim" - se tu, se alguns elementos da Igreja que vieram logo a terreiro com desmonstrações teológicas, se os jornalistas ignorantes que vibram por dá cá aquela palha!

Tu até tens desculpa - estás velhinho e um pouco gagá (não na escrita!), e tens medo de Deus, não o conheces, queres continuar a afrontá-lo para ver se Ele te responde. Só que Ele já mora em ti, só que não o sabes, por isso te dizes ateu.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Novas

Setembro foi cheio de alegria, e o Outubro vem com as promessas de frescura e de cheiros natalícios…!

Da campanha eleitoral, dos resultados das eleições mais patéticas de sempre, e do chorrilho de tolices que se seguiram, não leram de mim nem uma palavra aqui neste cantinho. E porquê? Porque já não tenho pachorra! Convidem-me para bons projectos e eu lá estarei!

Adiante.

As leituras continuam com Saramago e o seu elefante em trânsito – delicioso, divertido e de uma sensibilidade nova neste “velho” Nobel das letras português!

Comovi-me tremendamente com Brad Pitt (está cada vez melhor, lindo!) e o seu Jeremy Button – uma pequena história fantástica de F.S. Fitzgerald, em cinema memorável. Adorei!

Estou a retomar os meus projectos de arraiolos para um Inverno mais aconchegado.

E pronto.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

A Morte no Mundo Moderno ou A Vivência da Impermanência


Por Sogyal Rinpoche, d'"O Livro Tibetano daVida e da Morte” - Editora Prefácio


“Quando vim pela primeira vez ao Ocidente, fiquei chocado com o contraste entre as atitudes em relação à morte com que eu havia sido criado e as que então encontrei. Apesar de todas as suas conquistas tecnológicas, a sociedade ocidental moderna não tem uma compreensão real da morte ou do que acontece durante ou depois dela.
Aprendi que as pessoas hoje são ensinadas a negar a morte e a crer que ela nada significa, a não ser aniquilação e perda. Isso quer dizer que a maior parte do mundo vive negando a morte ou aterrorizado por ela. Até falar da morte é considerado mórbido, e muitos acham que fazer uma simples menção a ela pode atraí-la sobre si.
Outros olham a morte de modo ingénuo, com uma jovialidade irreflectida, achando que por alguma razão desconhecida vão se sair bem ao passar por ela, não havendo motivo para preocupação. Quando penso neles, lembro-me do que diz um mestre tibetano: “As pessoas frequentemente cometem o erro de ser frívolas em relação à morte e pensam: ‘Ora, a morte chega para todo mundo. Não é nada de mais, é apenas natural. Tudo irá bem para mim’. Essa é uma bela teoria, até que se esteja morrendo.”
Dessas duas atitudes diante da morte, uma a vê como algo de que se deve fugir correndo, outra como um fato que simplesmente irá cuidar de si próprio. Como ambas estão distantes da compreensão de seu verdadeiro significado!
Todas as grandes tradições espirituais do mundo, inclusive, é claro, o cristianismo, dizem explicitamente que a morte não é o fim. Todas falam em algum tipo de vida futura, o que infunde em nossa vida actual um sentido sagrado. Mas, não obstante esses ensinamentos, a sociedade moderna é em larga escala um deserto espiritual em que a maioria imagina que esta vida é tudo o que existe. Sem qualquer fé autêntica numa vida futura, a maioria das pessoas vive toda a sua existência destituída de um sentido supremo.
Cheguei à conclusão de que os efeitos desastrosos da negação da morte vão muito além da esfera individual: eles afectam o planeta inteiro. Crendo basicamente que esta vida é a única, as pessoas do mundo moderno não desenvolveram uma visão a longo prazo. Assim, nada as refreia de saquear o planeta em que vivem para atingir suas metas imediatas, e agem com um egoísmo que pode tornar-se fatal no futuro. De quantas novas advertências ainda precisamos (...)?
O medo da morte e a ignorância sobre a vida após a morte estão alimentando essa destruição do meio ambiente que está ameaçando tudo em nossas vidas. O mais perturbador nisso tudo não é o fato de que as pessoas não recebam instrução sobre o que é a morte, ou como morrer, ou que não tenham esperança alguma no que vem após a morte, no que está por trás da vida. Pode alguma coisa ser mais irónica do que a existência de jovens altamente educados em todos os campos do conhecimento, excepto naquele que detém a chave do sentido global da vida, e talvez até da nossa sobrevivência?
(...)
Às vezes, penso que os países mais poderosos e influentes do mundo desenvolvido são como o reino dos deuses descrito nos ensinamentos budistas. Diz-se que esses deuses vivem as suas vidas num luxo fabuloso, mergulhados em todos os prazeres imagináveis, sem um único pensamento sobre a dimensão espiritual da vida. Todos parecem muito felizes até que a morte se aproxima, e aí alguns sinais inesperados de desintegração aparecem. Então, as esposas e amantes desses deuses não mais se atrevem a se aproximar deles, atirando-lhes flores à distância, com preces ocasionais para que eles renasçam novamente como deuses. Nenhuma de suas lembranças de felicidade ou conforto pode agora protegê-los do sofrimento que eles enfrentam; isso só faz com que fiquem mais desesperados, de tal modo que esses deuses são deixados para morrerem sozinhos e miseravelmente.
O destino dos deuses me faz pensar na maneira como os velhos, os doentes e os que estão morrendo são tratados hoje. Nossa sociedade é obcecada por juventude, sexo e poder, e nós nos esquivamos da velhice e da decadência. Não é terrível que desprezemos as pessoas idosas quando sua vida de trabalho se encerrou, e elas já não mais pareçam úteis? Não é perturbador que nós as joguemos em asilos, onde morrem solitárias e abandonadas?
Não é tempo também de olharmos de um modo diferente a maneira como tratamos os que sofrem de doenças terminais, como o cancro ou o SIDA? Conheci um bom número de pessoas que morreram com SIDA, e sei como elas foram muitas vezes tratadas como párias, até por seus amigos, e como o estigma da doença as levou ao desespero e fez com que achassem a vida horrível, sentindo que aos olhos do mundo já estavam acabadas.
Mesmo quando alguém que conhecemos ou amamos está morrendo, muito frequentemente percebemos que não temos quase nenhuma ideia sobre como ajudar; e quando morre, não nos animamos a pensar no futuro do morto, como seguirá, ou como poderemos continuar a ajudá-lo. De facto, toda tentativa de pensar sobre essas coisas corre o risco de ser rejeitada como disparatada e ridícula.
O que tudo isso nos mostra, com uma clareza dolorosa, é que agora mais do que nunca estamos precisando de uma mudança fundamental em nossa atitude em relação à morte e aos que estão morrendo.”


UM LIVRO FUNDAMENTAL EM NOSSA CASA! 5 *

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Chocolate...

Coisa que, por enquanto, não posso comer!...

Mas estou a ler a continuação desse grande livro - "Sapatos de Rebuçado" e estou a adorar!

segunda-feira, 13 de julho de 2009

O Erro Primordial

Pintura de Alice Miller



Mais leituras 5* sobre as crianças que habitam em nós, sobre os pais e os filhos que somos, e sobre as mágoas de infância que condicionam a vida adulta:


  • O Drama de Ser Uma Criança - Alice Miller (Paz Editora)

http://www.alice-miller.com/index_en.php ("The drama of the gifted child")

  • Os Pais dos Outros - Romana Petri (Ed. Cavalo de Ferro)

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Férias


Até breve Amigos, mais propriamente até 1 de Julho.


Vou descansar os olhos e curtir o meu "pirata".


Livro para as férias: Maré de Sorte (Agatha Christie).


quinta-feira, 14 de maio de 2009

Para Pensar

Foto: Cisne negro do Fluviário de Mora, Setembro 2009

“Antes da descoberta da Austrália, as pessoas do Velho Mundo estavam convencidas de que todos os cisnes eram brancos.”

In "O Cisne Negro" de Nassim Nicholas Taleb (D. Quixote)

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Chuva, livros e bolinhos

Pois, assim decorreu mais um FDS... O Tiago, mesmo debaixo de chuva, só queria andar pelo jardim a azucrinar os canitos; Eu tratei da dor de cabeça com paracetamol e esmifrei-me para acabar o sétimo volume da saga do Harry Potter - consegui! Tenho de dar os parabéns à J.K. pelo fantástico trabalho. O final é emocionante e moralizador. Agora posso descansar a ler coisas mais "sérias"!... Ainda tive tempo para fazer um valente bolo de chocolate e licor de ginja para acompanhar o Earl Grey das 17h sharp de Domingo de modo a afugentar a ideia da 2ª Feira que se avizinhava.

PS. - Confirma-se a retirada do sal do pão! IRRA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Harry Potter and The Deathly Hallows

Estou a acabar de ler o último da saga na sua versão original para adultos (muito mais violento!) nos intervalos de outras leituras mais ou menos técnicas, filosóficas, esotéricas e banais… Pois tudo isto me parece uma grande metáfora dos dias que correm em Portugal: o vilão virtual – Aquele Cujo Nome Não Pode Ser Pronunciado – está cada vez mais próximo da extinção às mãos do (paspalho) do HP – salva-se a inteligência da Hermione e a impulsividade quase heróica do Ron. Perceberam?!...

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Livros e Pessoas

A propósito do Dia Mundial do Livro que hoje se comemora, tenho a ideia que os livros são universos que se cruzam com o nosso, num determinado instante da nossa vida, tal como acontece com as pessoas. Imaginando uma galáxia e a intersecção de corpos estelares com explosões ou com uma mera sacudidela de pó das estrelas, assim se passa na nossa vida com tantos e tantos cruzamentos de pessoas. Há quem passe indiferente, há quem analise todos os passos e os porquês daquele seu (trágico) destino, e há quem sintetize e encontre um fio condutor entre todos os eventos, uma sincronicidade que acalma e conforta, remetendo para infinitas possibilidades de outras realidades paralelas. Pessoalmente não considero um qualquer desencontro (no limite, a morte física) como um fim, apenas como o início de um novo ciclo para quem fica e para quem vai - como se de uma estação de comboios se tratasse - mas com um sentido de pertença mútuo que se manifestará invariavelmente noutro qualquer instante das suas vidas.

Nem de propósito! - a propósito recomendo com 5* o livro "O Primeiro Dia" de João César das Neves, 2003, Ed. Lucerna.

Sinopse:
A morte – o supremo mistério. O que se passa depois dela? Que aventuras nos esperam? Que almas vamos conhecer? Que escolhas temos de fazer? Onde fica o Céu? O que é o Inferno? Todos vamos sabê-lo mais cedo ou mais tarde. Mas há maneira de saber mais cedo. “Morri hoje de manhã. Logo depois de morrer, vi-me, com gabardina e pasta, numa espécie de elevador. O facto de estar num elevador era bom sinal, por ir a subir. Mas, logo a seguir, assaltou-me o pensamento de que também podia estar a descer. Foi então que me lembrei de que, antes de subir ou descer, eu tinha de ser julgado. Provavelmente, aquele era apenas o elevador do tribunal.”

Queridos amigos, não se deixem levar pelas tendências maniqueístas (céu, inferno) deste excerto do livro porque depois tudo é uma surpresa para a nossa personagem e para nós também!

Também cada dia / momento deveria ser como uma morte e renascimento, "apagando a tralha" que nos ocupa a memória e condiciona a vida. Ver em tudo e todos uma centelha divina e servir os propósitos da Existência. Sem medos, com confiância.



terça-feira, 21 de abril de 2009

Sobre Desigualdades Sociais


Sugestão de Leitura 5*:

The Spirit Level
by Richard Wilkinson and Kate PickettAllen Lane
£20, pp416

Synopsis
Large inequalities of income in a society have often been regarded as divisive and corrosive, and it is common knowledge that in rich societies the poor have shorter lives and suffer more from almost every social problem.
This groundbreaking book, based on thirty years' research, demonstrates that more unequal societies are bad for almost everyone within them - the well-off as well as the poor. The remarkable data the book lays out and the measures it uses are like a spirit level which we can hold up to compare the conditions of different societies. The differences revealed, even between rich market democracies, are striking. Almost every modern social and environmental problem - ill-health, lack of community life, violence, drugs, obesity, mental illness, long working hours, big prison populations - is more likely to occur in a less equal society. The book goes to the heart of the apparent contrast between the material success and social failings of many modern societies.
The Spirit Level does not simply provide a key to diagnosing our ills. It tells us how to shift the balance from self-interested 'consumerism' to a friendlier and more collaborative society. It shows a way out of the social and environmental problems which beset us and opens up a major new approach to improving the real quality of life, not just for the poor but for everyone. It is, in its conclusion, an optimistic book, which should revitalise politics and provide a new way of thinking about how we organise human communities.
Philip Birch, Assistant Editor, on The Spirit Level:
'This is one of the most interesting and important books I have ever read. It is driven by a simple idea: that inequality is the root cause of all societies’ ills. It doesn’t matter if the average level of income is very low or very high, it is the gap between rich and poor that is important. It is why, when polled, more Indonesians, Vietnamese, Finnish and Japanese will claim to be more happy than Brits and Americans. And it isn’t just the poorest in the most unequal societies that suffer but the richest too. In London on the one hand we hear regularly about teenagers from poorer communities stabbing each other, but on the other more and more apparently successful, university educated, richer young people suffer from anxiety, depression and are open to casual drug use than ever before. Violence, crime, low educational achievement, poor health; and status anxiety and the misery of having too much money and too much choice go hand in hand, because of inequality. This is not necessarily a new idea but it is proved here for the first time. The graphs are quite remarkable.'

terça-feira, 31 de março de 2009

Para uma Ética Universal...


§ Uma ética socrática, da liberdade do pensamento (a ponto de morrer por ela!);
§ Uma ética homeriana, da reciprocidade: ajudamos hoje porque fomos ajudados ontem (e não para sermos ajudados amanhã!);
§ Uma ética sofocliana, humanista (nenhum prodígio é maior que o Homem!);
§ Uma ética platónica, de leis;
§ Uma ética aristotélica, de virtudes;
§ Uma ética espinosiana, de emoções;
§ Uma ética kantiana, da razão ou dos deveres universais...


...ou um Olhar de Misericórdia para com toda e qualquer criatura que contemple e transcenda as melhores teorias filosóficas e sociais! Hoje mais do que nunca!

Sugestões de Leitura 5*:
"Ética Prática", Peter Singer, Gradiva, Col. Filosofia Aberta
"Sobre Humanos e Outros Animais", John Gray, Lua de Papel

sexta-feira, 13 de março de 2009

Sugestões de Leitura

I - “The Concise 48 Laws of Power” de Robert Greene (a Joost Elffers Book, 2002)



Sinopse:

The Concise Edition of an international bestseller.
At work, in relationships, on the street or on the 6 o’clock news: the 48 Laws apply everywhere. For anyone with an interest in conquest, self-defence, wealth, power or simply being an educated spectator, The 48 Laws of Power is one of the most useful and entertaining books ever.
This book ‘teaches you how to cheat, dissemble, feign, fight and advance your cause in the modern world.’ (Independent on Sunday)
The distilled wisdom of the masters - illustrated through the tactics, triumphs and failures from Elizabeth I to Henry Kissinger on how to get to the top and stay there. Wry, ironic and clever this is an indispensable and witty guide to power.

A minha classificação: 5*



II - "A Arte da Prudência” de Baltasar Gracián (padre jesuíta do Sec. XVII)

Comentário do Prof. Roberto Andersen (Bra.):


Essa é a obra que o momento mais exigia! O guia perfeito para todos aqueles que desejam subir na vida de forma totalmente inescrupulosa e sem qualquer preocupação ética ou moral! Um verdadeiro hino ao cinismo que parece estar sendo lido por muitas pessoas que encontramos pela vida afora...
Entre eles podemos encontrar o político que subiu na carreira sem qualquer preocupação com a finalidade do exercício de seu cargo e sem sequer lembrar que deveria estar representando o povo que o elegeu, assim como o funcionário que consegue sua promoção utilizando-se de meios anti-éticos e amorais.
Entre os conselhos apresentados na obra, alguns são bem expressivamente cínicos como por exemplo recomendar que você mesmo faça as coisas que são simpáticas e que você arranje alguém para fazer, em seu lugar, as coisas antipáticas.
Lembro-me de um dirigente de uma empresa onde trabalhei que, todas as vezes em que precisava demitir funcionários antigos ligados ao seu relacionamento pessoal, viajava à Europa. Durante sua ausência o seu substituto seguia à risca a lista de demissões, com a ordem expressa de assumir a autoria do ato... Em seu regresso recebia os funcionários demitidos como se nada soubesse e fingindo, cinicamente, estar contra mas impedido de interferir para não quebrar a autoridade do chefe substituto. Prometia, então, fazer uma recomendação de emprego para outras empresas e ficava bem com todos os demitidos...
Nunca minta! Esse é outro de seus conselhos. Embora possa parecer uma recaída ética do padre jesuíta, logo descobrimos que tal recomendação nada tem a ver com ética ou moral. A preocupação deve-se exclusivamente a dificuldade que tem o mentiroso de manter a mesma versão todo o tempo, o que pode ser perigoso para a sua boa fama na sociedade...
Para compensar o "nunca minta" o padre recomenda: "Nunca fale toda a verdade!" Segundo Gracián a verdade nem sempre agrada aos poderosos e devemos estar sempre preparados para dizer apenas a parte da verdade que é do interesse do chefe. O restante deve ser omitido para que o chefe continue achando que somos seus eternos aliados...
Aproxime-se daqueles que estão sempre de bem com a vida e que mostram sinais de prosperidade e, em compensação, afaste-se daqueles que estão sempre em dificuldades e cheios de problemas pessoais e familiares. Esse conselho nada tem de cristão, ficando até difícil acreditar que o autor seja um genuíno jesuíta...
Mas a leitura criteriosa e analítica nos mostra algo muito mais profundo do que o cinismo. Da mesma forma que "O Príncipe", de Maquiavel, todos os conselhos mostram apenas que o erro está na própria sociedade e não naqueles que a manipulam.
Enquanto houver pessoas completamente apáticas e destituídas de identidade própria, sem qualquer preocupação com as causas dos problemas e sem condições de elaborar os mais simples questionamentos, seus conselhos continuarão sendo bastante úteis para que aproveitadores, oportunistas, hipócritas, cínicos e inescrupulosos vençam na vida e consigam ter mais sucesso do que aqueles que se mantém com uma postura ética e moral.


A minha classificação: 4*