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segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

S. Charbel Makhlouf, monge, eremita, +1898

Charbel, cujo nome de baptismo era José, nasceu em Buga-Kafra, povoado do Norte do Líbano, em 1828. Filho de numerosa família pobre, mas profundamente religiosa, órfão de pai em tenra idade, desde criança sentia o chamamento de Deus para a vida religiosa. Aos 20 anos entrou no mosteiro da ordem libanesa maronita em Maifuc, seguindo depois para Annaya. No noviciado recebeu o nome de Charbel, santo martirizado em Edessa, cuja festa é celebrada pelos maronitas no dia 5 de dezembro. Foi ordenado sacerdote em 1859. No ano seguinte, escapou por pouco da horrível invasão turca, na qual morreram milhares de jovens cristãos e igrejas e mosteiros foram saqueados e destruídos.Sua vida religiosa resumia-se à prática da profissão evangélica e austeridade, assiduidade na oração e obediência aos superiores. Em 1875, Charbel obteve licença para viver como eremita no ermo dos santos apóstolos Pedro e Paulo, a 1200 metros de altitude. Procurava, assim, viver na maior austeridade de vida, com mais rigor ainda do que no convento. Charbel não foi pregador nem missionário. Contudo, o seu eremitério era muito procurado para conselho e orientação espiritual. No dia 16 de Dezembro de 1898, no momento da elevação da hóstia e do cálice, sentiu-se arrebatado numa visão: era o fim da missa de sua vida terrena. Levado para a sua cela, estendido sobre tábuas nuas com um pedaço de madeiro por travesseiro, entrou em agonia. Exalou o seu último suspiro em 24 de Dezembro, para iniciar seu Natal no céu.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Santa Isabel, Rainha da Hungria, +1231

Isabel da Hungria era princesa, foi rainha e se fez santa. Era a filha do rei André II da Hungria e da rainha Gertrudes de Merano, atual território da Itália. Nasceu no ano de 1207, e naquele momento foi dada como esposa a Luís, príncipe da Turíngia, atual Alemanha. Desde os quatro anos viveu no castelo do futuro marido, onde foram educados juntos. O jovem príncipe Luís amava verdadeiramente Isabel, que se tornava cada dia mais bonita, amável e modesta. Ambos eram católicos fervorosos. Luís admirava a noiva, amável nas palavras e atitudes, que vivia em orações e era generosa em caridade com pobres e doentes. A mãe de Luís, não gostava da devoção da sua futura nora, assim tentou convencer o filho de desistir do casamento, alegando que Isabel seria uma rainha inadequada politicamente. A própria corte a perseguia, devido a seu desapego e simplicidade cristã. Mas Luís foi categórico dizendo preferir abdicar do trono a desistir de Isabel. Certamente a amava muito. No castelo de Wartenburgo, quando atingiu a maioridade ele foi corado rei e se casou com Isabel, que se tornou rainha aos catorze anos de idade. Ela foi a única soberana que se recusou a usar a coroa, símbolo da realeza, durante a cerimônia realizada na Igreja. Alegou que diante do nosso Rei coroado de espinhos, não poderia usar uma coroa tão preciosa. Foi assim, que o então rei Luís IV acompanhou a seu desejo e se tornou rei sem colocar a sua coroa também, diante de Cristo. Foi um casamento feliz. Ele era sincero, paciente, inspirava confiança e era amado pelo povo. Nunca colocou obstáculos à vida de oração, penitência e caridade da rainha, ao contrário era seu incentivador. Em Marburgo, Isabel construiu, o Hospital de São Francisco de Assis para os pobres e doentes leprosos. Além de ajudar com seu dinheiro muitos asilos e orfanatos, os quais visitava com freqüência. Depois de seis anos a rainha Isabel ficou viúva, com três filhos pequenos. O rei Luís IV, participando de uma Cruzada morreu antes de voltar para a Alemanha. A partir de então as perseguições da corte contra ela aumentaram. A tolerância quanto à sua caridade e dedicação religiosa, acabou de vez. E o cunhado para assumir o poder, a expulsou do palácio junto com os três reais herdeiros ainda crianças. Isabel ingressou então na Ordem Terceira de São Francisco e se dedicou à vida de religião e à assistência aos leprosos no hospital ela própria havia construído. Algum tempo depois, entretanto, os cavaleiros que tinham acompanhado o Duque da Turíngia à cruzada voltaram, trazendo seu corpo. Corajosamente enfrentaram os Príncipes, irmãos do duque falecido e exprobaram-lhes a crueldade praticada contra a viúva de seu próprio irmão e contra seus sobrinhos. Os príncipes não resistiram às palavras dos cavaleiros e pediram perdão a Santa Isabel e a restauraram em seus bens e propriedades.Henrique ficou como Regente de ducado durante a menoridade do sobrinho mais velho, o novo Duque soberano, porém Isabel preferiu viver na pobreza absoluta, o que muito desejava, retirou-se para o Hospital de Marburgo onde prestou assistência direta aos pobres e doentes e onde veio a falecer poucos anos depois, em 1231, com apenas 24 anos e onde foi sepultada com grandes honras. Na Alemanha, também seu marido Ludwig e sua filha Gertrudes são honrados como santos.Isabel da Hungria faleceu no dia 17 de novembro de 1231, com apenas vinte e quatro anos de idade, em Marburgo, Alemanha. Quatro anos depois, em 1235, foi canonizada pelo Papa Gregório IX. A Ordem Franciscana Secular a venera como sua padroeira na festa celebrada no dia de sua morte.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

S. José Moscati

Nasceu na Itália em 1880 de família que tanto aspirava Deus, que com apenas 17 anos obrigou-se particularmente ao voto de castidade perpétua. Tendido aos estudos, fez a faculdade de medicina na Universidade de Nápoles e chegou, com 23 anos, ao doutoramento e nesta área pôde ocupar altos cargos, além de representar a Itália nos Congressos Médicos Internacionais. Com competência profissional, Moscati curou com particular eficiência e caridade milhares e milhares de doentes. Em Nápoles, embora procurado por toda classe de doentes, dava, contudo, preferência aos mais pobres e indigentes. Sem dúvida foi na prática da caridade para com os pobres que se manifestou toda sua grandeza, ao ponto de receber o título de médico e pai dos pobres, isto num tempo em que a cultura se afastava da fé. José Moscati viveu corajosamente até 1927 e testemunhou a Verdade, tanto assim que encontramos em seus escritos: "Ama a verdade, mostra-te como és, sem fingimentos, sem receios, sem respeito humano. Se a verdade te custa a perseguição, aceita-a; se te custa o tormento, suporta-o. E se, pela verdade, tivesses que sacrificar-te a ti mesmo e a tua vida, sê forte no sacrifício".

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Chiara Castellani

“Não mudaria minha vida por todo o ouro do mundo”. Chiara Castellani é uma mulher feliz, e não o esconde. E são palavras que chegam directamente ao coração, quando você pensa que quem as pronuncia é uma missionária leiga, de 47 anos, na África dos esquecidos. Única médica para 100 mil habitantes em uma área de 5 mil quilómetros quadrados, há dez anos, Chiara é responsável por um pequeno hospital, perdido nas savanas do Congo, abandonado pelos belgas, onde faltam água e luz eléctrica.
Uma médica especial, que faz as cesarianas com a mão esquerda, ajudada por enfermeiros locais, porque, em lugar do braço direito, usa uma prótese, desde que, em Dezembro de 1992, o jipe em que viajava tombou e o braço foi esmagado pelo peso do veículo. Mas Chiara continua sendo uma mulher feliz.
Não sabe onde se encontra o desespero: “Deus achou por bem me salvar, para que eu continue a sonhar junto com Ele e com quem tenha uma só esperança, a de ser amado pelo Pai dos últimos e dos oprimidos”.
Chiara não oculta sua fé, mas não gosta de ostentar sua obstinada confiança em Deus: “O meu não é um abandonar-me passivo – diz – mas um entregar-me”.
Carrega um tau franciscano de madeira, mas repete: “A cruz não é de quem a carrega no pescoço, mas daqueles que morrem nela”.
UMA BATALHADORA IRREDUTÍVEL
Chiara Castellani é uma mulher feliz, embora, aos olhos do mundo, seja fracassada e sua vida tenha enfrentado uma série de derrotas, que fizeram dela uma incurável “perdedora”.
Estudou ginecologia: “gostava da ideia de fazer nascer crianças”, mas se converteu, a contragosto, em cirurgiã de guerra, chamada a amputar membros, extrair balas, recompor cadáveres.
Cheia de ideais e de entusiasmo, Chiara partiu para a Nicarágua, na década de oitenta, junto com o marido: um companheiro de vida e de sonhos, que, alguns anos depois, abandonou-a por causa de outra mulher. Um golpe duríssimo para Chiara, que passou meses de angústia e de incerteza. Sonhava ajudar os outros e se via como um “pássaro com uma asa só”.
Mas ela lembra as palavras do bispo italiano dom Tonino Bello: “Deus criou os anjos com uma asa só, para que voassem abraçados.
Assim aconteceu comigo: desde que fiquei mutilada, encontrei ao meu redor uma série de pessoas que me ajudaram e se tornaram meus anjos”. Como ela, no hospital de Kimbau trabalham seis pessoas deficientes, das quais duas com problemas mentais. Um ex-alcoólatra prescreve as receitas. A cada curva de seu singular itinerário, a vida marcou-a no corpo e no rosto.
Ao longo dos anos, Deus foi-lhe pedindo uma fidelidade que custou caro: Chiara viu seus companheiros de caminho caírem sob os golpes dos contras na Nicarágua; ou serem mortos pelos mercenários congoleses, como o doutor Richard.
Quando foi preso, Chiara tentou se opor “com a única arma desde sempre disponível a nós, mulheres: as lágrimas”. É realmente difícil permanecer fiel a um Deus assim.
Não é de se admirar que ela, em Março de 1985, tenha escrito da Nicarágua: “Eu não creio em Deus. Espero só que Ele exista, mas que não tenha, também ele, zombado de mim!”. Mas Chiara sempre recomeçou sua aventura, apostando em Deus e num grupinho de fidelíssimos amigos e companheiros de batalha. Recomeçou exactamente do ponto que parecia ter-se transformado na sepultura de seus sonhos.
Porque, se há uma coisa à qual Chiara não sabe renunciar, é a sede de futuro, a vontade de construir um mundo melhor em nome do evangelho: “Podem nos tirar tudo, despojar-nos de qualquer direito, mas não nos podem tirar o direito de sonhar. E, na África, vi que os sonhos, até os mais ousados, se realizam”.
ALÇANDO VÔOS, “COM UMA ASA SÓ”
Chiara está realizando um desses sonhos: acender uma lâmpada em Kimbau. Por isso, nos meses passados, enfrentou um “tour de force” pela Itália, encarando uma série de entrevistas e encontros, apesar de que ela – pela própria história e formação – prefere falar através de fatos.
Em qualquer lugar por onde esteja, ela não se esquiva de dar voz aos pobres, à custa de lançar acusações candentes: aponta o dedo contra “o direito à saúde, negado na África pelas lógicas comerciais”; chama de sepulcros caiados “aqueles políticos que recebem a Eucaristia e, com as mesmas mãos, dão seu voto para a guerra”; denuncia as dolorosas cumplicidades da media, que se mantém em silêncio sobre os milhares de horrores perpetrados na África.
O que impressiona é o estilo com que Chiara se move: quando a escutamos atacar o Banco Mundial, percebemos em nossa frente não uma activista de generalidades, e, sim, uma pessoa que aposta sua própria vida, e que não se arrepende de agir assim. Portanto, embora defenda posições radicais, está a anos-luz dos “raivosos contra o sistema”.
Dela, um jornal italiano escreveu: “É uma mulher de fé, que nunca se conformou com uma fé qualquer”.
Teimosa na sua doçura, Chiara está vendo a realização de seus sonhos: no início de 2005, água e energia eléctrica não serão mais apenas uma miragem em Kimbau. Outro sonho está tomando forma na sua diocese, Kenge: uma caminhada de formação para os direitos humanos, para educar as novas gerações do Congo ao protagonismo e à responsabilidade.
Um sonho que Chiara partilha fortemente com o bispo, dom Gaspard Mudiso, nas mãos do qual, no dia 25 de Agosto de 2002, entregou-se, quando se dirigiu a Deus, dizendo: “Prometo viver na pobreza e na obediência, para servir o Teu povo. Ajude-me. Eu pus minha esperança na tua graça, Senhor, ajude-me a identificar minha vida com a de Jesus Cristo”. Um voto de obediência que muito lhe deve ter custado. Chiara está bem longe de ser uma católica pacífica, aquele tipo humano que, muitas vezes, a hierarquia utiliza como mão-de-obra dócil, desprovida de personalidade.
Chiara é de outra matéria: crescida nos anos de contestação, refere-se a si mesma: “Sempre fui fiel à Igreja, mas nunca fui servil”. Quando tem que apostar a própria vida, faz pelo Evangelho e pelos pobres. Sem meio-termo. Há vinte anos, havia jurado eterna fidelidade a um homem que, depois, a traiu. Mas quando se refere a ele, ainda hoje, utiliza palavras de inesperada ternura. Agora optou pela própria entrega à comunidade de Kenge e a seu bispo. Por quê? “Pelo desejo de pertencer, de maneira integral, aos pobres. Quero obedecer a meu bispo, como um protesto aos abusos dos poderosos”.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Santa Teresa de Ávila


Nasceu em Ávila, a 28 de Março de 1515. Aos vinte anos, ingressou no Carmelo de Ávila. Espanhola, de família nobre, bela e inteligente, foi uma criatura que lutou contra as suas contradições internas, contra as mentiras e hipocrisias de uma vida espiritual vazia. Santa Teresa ocupa um lugar especial dentro da mística cristã; é considerada um dos grandes mestres espirituais que a história da Igreja já conheceu. Entretanto, ela não pode ser esquecida como reformadora do Carmelo, como aquela que conseguiu devolver à Ordem Carmelita o seu primitivo vigor espiritual. Tinha como conselheiro espiritual São João da Cruz. É chamada Teresa, a Grande, por sua grandeza de mulher. Teresa sem a graça de Deus é uma pobre mulher. Com a graça de Deus, uma graça. Em 1970, o papa Paulo VI, proclamou-a “Doutora da Igreja”, (tal como Santa Catarina de Sena) pela profunda mística e espiritualidade. Foram as duas primeiras mulheres a quem se reconheceu esta qualidade pelos méritos dos escritos doutrinários que deixaram. Muitas das obras de Teresa d’Ávila continuam sendo lidas e produzindo abundantes frutos espirituais: “O caminho da perfeição”, “Pensamentos sobre o amor de Deus”, “Castelo interior”. Morreu em 1582.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Beata Alexandrina Costa, virgem, +1955


Alexandrina nasceu em 30 de março de 1904 em Balasar, Portugal. É uma pequena camponesa cheia de vida, divertida, afectuosa. Aos 14 anos lança-se de uma janela a quatro metros de altura para preservar a sua pureza, ameaçada por alguns homens que haviam entrado em casa. Cinco anos mais tarde, as lesões derivadas da queda provocaram-lhe uma paralisia total que a manteve de cama durante mais de 30 anos, até ao final de sua vida. Ofereceu-se como vítima a Cristo pela conversão dos pecadores e pela paz do mundo. Durante quatro anos (1938-42), reviveu todas as sextas-feiras, durante três horas, a paixão de Cristo. De 27 de março de 1942 até sua morte (isto é, durante 13 anos e 7 meses), não ingeriu nenhuma outra bebida nem alimento mais que a Eucaristia. Orientada por seu director espiritual, fez-se cooperadora salesiana, oferecendo os seus sofrimentos pela salvação da juventude. Em 13 de outubro de 1955, ouviu-se exclamar: «Sou feliz, porque vou ao céu». Pela tarde faleceu em Balasar, onde se encontra seu sepulcro e onde acodem multidões de peregrinos.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Dr. Sousa Martins - Português Ribatejano Médico Santo

O Dr. Sousa Martins de seu nome de baptismo José Tomás de Sousa Martins, nasceu em Alhandra a 7 de Março de 1843, e faleceu em Agosto de 1897.

Desde cedo sua vida não foi fácil, e bastante jovem foi viver para Lisboa. Empregou-se como marçano na Farmácia Ultramarina, propriedade de um tio seu, sita na Rua de S. Paulo, em Lisboa, e que ainda hoje existe. Tornou-se exímio manipulador de produtos naturais e de praticante de farmácia chegou a farmacêutico. Após o curso de Farmácia, tirou o de Medicina, e em poucos anos tornou-se uma das figuras mais marcantes do século XIX.

Foi professor catedrático da Universidade Nova de Lisboa. Grande professor, tanto pelo seu saber, quanto pelo lado humano que transmitia, pelos seus alunos era muito estimado e mesmo venerado. A estes ensinou que: “Quando entrardes de noite num hospital e ouvirdes algum doente gemer, aproximai-vos do seu leito, vede o que precisa o pobre enfermo e, se não tiverdes mais nada para lhe dar, dai-lhe um sorriso.” Mesmo depois da sua morte, as suas lições, coligidas, eram referência obrigatória.

Foi um dos médicos mais prestigiados de Portugal, tendo ficado famoso pela sua luta contra a tuberculose. Cientista prestigiado, desfrutou de projecção internacional pelo estudo da tuberculose e das doenças nervosas.

Dedicou-se à medicina, física, química, botânica, zoologia, cirurgia, literatura, poesia, filosofia, história e oratória.
Defendeu a construção de sanatórios, afirmando que a zona da serra da Estrela era propícia ao tratamento da tuberculose. Por isso, o primeiro sanatório construído nas Penhas da Saúde, por iniciativa de Alfredo César Henriques se chamou Sanatório Sousa Martins.
A luta contra a tuberculose expunha-o à doença, nos contactos diários e directos com os doentes terminais. Detinha-se junto deles, a amenizar-lhes o medo. Muitos morreram de mãos entre as suas, alguns viram-lhe auras estranhas sobre os cabelos.

O Dr. Sousa Martins foi atacado pela tuberculose. Alguns dizem que querendo evitar o seu próprio sofrimento, suicidou-se em 1897. Outros dizem que faleceu de morte natural, tendo como prova disso a sua certidão de óbito. Os seus restos mortais repousam no cemitério de Alhandra.
Ao tomar conhecimento da morte do Dr. Sousa Martins o rei D. Carlos disse: “Ao deixar o mundo, chorou-o toda a terra que o conheceu. Foi uma perda irreparável, uma perda nacional, apagando-se com ele a maior luz do meu reino”.

Acerca do Dr. Sousa Martins, o prémio nobel Egas Moniz disse: “Notável professor que deixou, atrás de si, um nome aureolado de prelector admirável, de clínico, de orador consagrado, sempre alerta nas justas da Sociedade das Ciências Médicas.”

O escritor Guerra Junqueiro definiu-o como um “Eminente homem que radiou amor, encanto, esperança, alegria e generosidade. Foi amigo, carinhoso e dedicado dos pobres e dos poetas. A sua mão guiou. O seu coração perdoou. A sua boca ensinou. Honrou a medicina portuguesa e todos os que nele procuraram cura para os seus males”.

Reputado médico e cientista, Sousa Martins chegou a todas as camadas da sociedade. Após a sua morte, tanto o meio académico, quanto a população tornou-o numa figura muito venerada. Tendo sido construído o Museu Sousa Martins na sua terra natal.

Dr. Sousa Martins não é apenas um nome de médico. Muitos o consideram um santo e dizem que opera milagres. Amigo dos pobres, desamparados e doentes, o Dr. Sousa Martins deu origem a um extraordinário culto em Portugal. Em Lisboa ou na Guarda, as suas estátuas são visitadas diariamente por devotos que ali depositam flores, objectos em cera e velas. A ele são pedidas graças, a ele são pedidas inúmeras intervenções divinas.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Santo Condestável - Rogai por nós, Portugal

Um dos Homens mais importantes da nossa história vai ser de algum modo "homenageado" universalmente mais uma vez pelo Vaticano no dia 26 de Abril. O Beato Nuno de Santa Maria, fundador da Ordem do Carmo, vai ser canonizado pelo Papa Bento XVI no próximo Domingo mas parece que aqui na sua terra, pela qual tanto pelejou, ninguém está a prestar muita atenção ao assunto; É que a História e a Cultura portuguesas há muito que foram varridas pelo choque tecnológico!

Deste grande cavaleiro-monge, o do Bom Combate, ficarão para sempre os valores, a coragem e o despojamento de quem, sendo nobre em títulos, o era muito mais em humanidade. Um exemplo esquecido para as nossas crianças e jovens. Nuno Álvares Pereira, um Português verdadeiro!