Sinopse:
The Concise Edition of an international bestseller.
At work, in relationships, on the street or on the 6 o’clock news: the 48 Laws apply everywhere. For anyone with an interest in conquest, self-defence, wealth, power or simply being an educated spectator, The 48 Laws of Power is one of the most useful and entertaining books ever.
This book ‘teaches you how to cheat, dissemble, feign, fight and advance your cause in the modern world.’ (Independent on Sunday)
The distilled wisdom of the masters - illustrated through the tactics, triumphs and failures from Elizabeth I to Henry Kissinger on how to get to the top and stay there. Wry, ironic and clever this is an indispensable and witty guide to power.
A minha classificação: 5*
II - "A Arte da Prudência” de Baltasar Gracián (padre jesuíta do Sec. XVII)
Comentário do Prof. Roberto Andersen (Bra.):
Essa é a obra que o momento mais exigia! O guia perfeito para todos aqueles que desejam subir na vida de forma totalmente inescrupulosa e sem qualquer preocupação ética ou moral! Um verdadeiro hino ao cinismo que parece estar sendo lido por muitas pessoas que encontramos pela vida afora...
Entre eles podemos encontrar o político que subiu na carreira sem qualquer preocupação com a finalidade do exercício de seu cargo e sem sequer lembrar que deveria estar representando o povo que o elegeu, assim como o funcionário que consegue sua promoção utilizando-se de meios anti-éticos e amorais.
Entre os conselhos apresentados na obra, alguns são bem expressivamente cínicos como por exemplo recomendar que você mesmo faça as coisas que são simpáticas e que você arranje alguém para fazer, em seu lugar, as coisas antipáticas.
Lembro-me de um dirigente de uma empresa onde trabalhei que, todas as vezes em que precisava demitir funcionários antigos ligados ao seu relacionamento pessoal, viajava à Europa. Durante sua ausência o seu substituto seguia à risca a lista de demissões, com a ordem expressa de assumir a autoria do ato... Em seu regresso recebia os funcionários demitidos como se nada soubesse e fingindo, cinicamente, estar contra mas impedido de interferir para não quebrar a autoridade do chefe substituto. Prometia, então, fazer uma recomendação de emprego para outras empresas e ficava bem com todos os demitidos...
Nunca minta! Esse é outro de seus conselhos. Embora possa parecer uma recaída ética do padre jesuíta, logo descobrimos que tal recomendação nada tem a ver com ética ou moral. A preocupação deve-se exclusivamente a dificuldade que tem o mentiroso de manter a mesma versão todo o tempo, o que pode ser perigoso para a sua boa fama na sociedade...
Para compensar o "nunca minta" o padre recomenda: "Nunca fale toda a verdade!" Segundo Gracián a verdade nem sempre agrada aos poderosos e devemos estar sempre preparados para dizer apenas a parte da verdade que é do interesse do chefe. O restante deve ser omitido para que o chefe continue achando que somos seus eternos aliados...
Aproxime-se daqueles que estão sempre de bem com a vida e que mostram sinais de prosperidade e, em compensação, afaste-se daqueles que estão sempre em dificuldades e cheios de problemas pessoais e familiares. Esse conselho nada tem de cristão, ficando até difícil acreditar que o autor seja um genuíno jesuíta...
Mas a leitura criteriosa e analítica nos mostra algo muito mais profundo do que o cinismo. Da mesma forma que "O Príncipe", de Maquiavel, todos os conselhos mostram apenas que o erro está na própria sociedade e não naqueles que a manipulam.
Enquanto houver pessoas completamente apáticas e destituídas de identidade própria, sem qualquer preocupação com as causas dos problemas e sem condições de elaborar os mais simples questionamentos, seus conselhos continuarão sendo bastante úteis para que aproveitadores, oportunistas, hipócritas, cínicos e inescrupulosos vençam na vida e consigam ter mais sucesso do que aqueles que se mantém com uma postura ética e moral.
A minha classificação: 4*
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