sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

A Cleuza veio com o Vento


Na passada madrugada acordo com o despertador às 06:30, ainda o sol não havia mostrado raios lá para a Lezíria, e vejo uma luz surgir do fundo das escadas:
- Está uma luz acesa lá em baixo!
- Como?!! – Estremunha o Zé – Ontem desligámos tudo quando subimos com o Tiago, não foi?...
Espreito um bocadinho para a galeria branca com tecto em sela e apercebo-me que afinal era a minha pequena baiana que já passava a ferro sem o mínimo de ruído. Volto para o quarto e tranquilizo o marido:
- É a Cleuza.
- Então veio com o vento – Resmunga ele com sono. Dei umas boas gargalhadas apesar da situação não ter graça nenhuma, pobre moça, ao imaginar a Cleuza empoleirada numa vassoura a voar empurrada pelo vendaval e perseguida pela chuva – eta Inverno chato! – até aterrar na minha casa, qual bruxinha boa!!! Obrigada Cleuza pela dedicação e eficiência com que trata da minha casa. A Cleuza já passou muito nesta vida, tanto lá como cá. Ainda agora a vi chorar pelo ex-marido que morreu, o pai dos seus filhos - espalhados lá por terras de Vera-Cruz -, e por quem tinha sido tão apaixonada... mas a alegria com que ela me brinda todos os dias (é cola-capeta) não tem paga!

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