Ontem num semáforo da capital encontrei-me paralela a uma máquina de potência igual à minha, quando, decorridos alguns segundos – parecendo uma eternidade para quem já se sente o coelho do mundo de Alice atrás do espelho – dou por mim a apreciar distraidamente o "par" ao meu lado. Percebi que se tratava de um homem com muito bom ar – coisa raríssima em Portugal nos dias que correm – de traços nipónicos, bonito, ao volante de um carro alemão azulão. Ele olhou para mim, sorriu, e suponho que terá pensado algo como: europeia, interessante, ao volante de carro japonês. Senti-me nos ambientes de Marguerite Yourcenar e pensei como os contrários têm tanto para partilhar - línguas, culturas, crenças, filosofias, artes, Oriente / Ocidente, Norte / Sul, etc. - rumo à verdadeira globalização…
E se ele era giro... o carro, what else?! Mas não troco pelo meu Mazda 6!!!
Que grande lata!...
ResponderEliminarJC