O Integral como símbolo de sabedoria que intercala o I e o T no escudo da escola, fazia acreditar que o mundo podia ser mais solidário. Verifiquei, porém, que num mundo de trabalho agressivo só podemos derivar... e a deriva pode ser mesmo fazer o rewind dos tempos vividos na faculdade, que eram outros - primeira metade da década de 90, final de século, mudança de paradigmas sociais e económicos a nível nacional e mundial, etc, etc.
Fomos apanhados na curva do tempo. Recordo a mecânica quântica e penso em como tanto dela é preciso aplicar no dia-a-dia para crescermos enquanto civilização! Fazer da massa, energia e avançar para novos mundos multidimensionais...
Estou a pensar fazer uma última limpeza no meu sotão e agora vou mesmo só deixar a bibliografia original e deitar fora as sebentas e outras pastas que só guardei por razões sentimentais. Ficarão sempre em destaque os volumes do "Calculus" de T. Apostol (a bíblia!) e demais livros de engenharia.
Guardo alguns exemplares do jornal "Diferencial" por ainda hoje me levarem às gargalhadas, também os cartoons do Telmo retratando as peripécias das aulas e os tiques dos professores, e as fotografias das visitas de estudo.
Relembro aqui as duas personagens fundamentais na vida de qualquer estudante: o Sr. Carvalhosa que vendia as folhas de ponto, e o cão-mascote "Nabunda" (raça podengo português puríssima!).
Dos professores, infelizmente, não posso abonar muito em seu favor porque não basta saber muito, há que saber fazer os outros saber...
No balanço final, e passados estes anos, só tenho a saudar a escola que me licenciou e que me deu uma preparação fortíssima mas que o país não soube ou não quis aproveitar.
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