As lágrimas aumentam o seu valor ao longo do tempo, precisamente o fenómeno inverso que acontece ao vil metal. Aquelas dão-se. O dinheiro recebe-se, rouba-se, acumula-se, especula-se mas ele não se multiplica - apenas divide.
As lágrimas são inesgotáveis e cumulativas: quando choramos elas trazem consigo todas as mágoas e sofrimentos contidos no coração, convertendo-se em pequenas pérolas de água e sal.
Na infância valem inocência, na maturidade – sabedoria. Tal como o ouro é provado no fogo, as lágrimas são purificadas no coração. Por isso, não posso deixar de recordar a grande portuguesa que escreveu e cantou:
“Se eu soubesse que morrendo
Tu me havias de chorar
Por uma lágrima tua
Que alegria me deixaria matar”
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